Monday, December 04, 2006
Eu, etiqueta
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu lençol, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo,
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências,
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou – vê-lá – anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares, festas, praias, piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar,
Cada vinco da roupa.
Sou gravado de forma universal,
Seio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo de outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
Carlos Drumond de Andrade
Serendipity
This hidden quasi-Jungian persona surfaced during the Agatha Christie-like pursuit of his long reputed soul mate, a woman whom he only spent a few precious hours with. Sadly, the protracted search ended late Saturday night in complete and utter failure. Yet even in certain defeat, the courageous Trager secretly clung to the belief that life is not merely a series of meaningless accidents or coincidences. Uh-uh. But rather, its a tapestry of events that culminate in an exquisite, sublime plan.
Asked about the loss of his dear friend, Dean Kansky, the Pulitzer Prize-winning author and executive editor of the New York Times, described Johnathan as a changed man in the last days of his life. "Things were clearer for him," Kansky noted. Ultimately Johnathan concluded that if we are to live life in harmony with the universe, we must all possess a powerful faith in what the ancients used to call "fatum", what we currently refer to as destiny.
Tuesday, September 26, 2006
SHOW NA SEXTA-FEIRA!!!
Thursday, August 31, 2006
"Os encafandristas virão..."
Homero
Saturday, August 26, 2006
Quotes
Mas.. Por um lado, ninguém lê este blog. Ou seja, cá está mais um blog na internet falando sobre o nada. Totalmente inútil. Aliás.. essa é a única coisa que acredito que este blog faz bem feito, que é falar sobre a inutilidade das coisas.
É minha terapia pública semanal. Um remédio para os momentos de pouco silêncio.
Por outro lado, menos cético e sarcástico, - e mais uma vez sendo metalinguístico - defendo minha atitude com essa desgastada canção: "Sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas?" Arghh.. - queria ter não lembrado desta música... -
Enfim.. chega de lero-lero e aqui vai:
What came first, the music or the misery? People worry about kids playing with guns, or watching violent videos, that some sort of culture of violence will take them over. Nobody worries about kids listening to thousands, literally thousands of songs about heartbreak, rejection, pain, misery and loss. Did I listen to pop music because I was miserable? Or was I miserable because I listened to pop music?
Trecho de High Fidelity - John Cusack é o cara!
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Que expressão aquela! Mas acabei por admiti-la não só por hábito, como porque, em meu pensamento, só chamava o homem por aquele apelido de Lobo da Estepe, e até hoje não saberia dar-lhe nenhum outro nome mais apropriado que este. Um lobo da estepe, perdido em meio a gente, na cidade e na vida do rebanho - nenhum outro epíteto poderia definir com mais exatidão aquele ser, seu tímido isolamento, sua natureza selvagem, sua inquietude, seu doloroso anseio por um lar, sua falta absoluta de um lar.
Der Steppenwolf
Tuesday, August 22, 2006
Summer came like cinnamon
Recomendo "em alta" está música abaixo. É o novo single da nova cantora britânica Corine B. Rae. A música é bem bonitinha e o timbre da sua voz me conquistou.
Ah.. o clipe é muito belo também.
Na minha opinião, completou com majestade e delicadeza o clima da música.
PS: Minha única ressalva... o tema pop da música lembra bem de longe umas das baladas das, felizmente extintas, SpiceGirls - arghhhhh!
Mas, esqueçam que eu disse isso e ouçam a música de peitos, ops.., ouvidos abertos.
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Put your records on
Three little birds, sat on my window.
And they told me I don't need to worry.
Summer came like cinnamon
So sweet,
Little girls double-dutch on the concrete.
Maybe sometimes, we got it wrong, but it's alright
The more things seem to change, the more they stay the same
Oh, don't you hesitate.
Girl, put your records on, tell me your favourite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.
You're gonna find yourself somewhere, somehow.
Blue as the sky, sombre and lonely,
Sipping tea in the bar by the road side,
(just relax, just relax)
Don't you let those other boys fool you,
Gotta love that afro hairdo.
Maybe sometimes, we feel afraid, but it's alright
The more you stay the same, the more they seem to change.
Don't you think it's strange?
Girl, put your records on, tell me your favourite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.
You're gonna find yourself somewhere, somehow.
Just more than I could take, pity for pity's sake
Some nights kept me awake, I thought that I was stronger
When you gonna realise, that you don't even have to try any longer.
Do what you want to.
Girl, put your records on, tell me your favourite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.
Oh, You're gonna find yourself somewhere, somehow
Wednesday, August 02, 2006
Lights will guide me home
"Half of the time were gone but we dont know where."
Saturday, July 29, 2006
FIX YOU / Cold Play
O misto de simplicidade, ambiência e muita emoção mais uma vez me fascina.
When you try your best but you don't succeed
When you get what you want but not what you need
When you feel so tired but you can't sleep
Stuck in reverse
When the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone but it goes to waste
Could it be worse?
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you
And high up above or down below
When you're too in love to let it go
If you never try then you'll never know
Just what you're worth
Lights will guide you home
And ignite you bones
And I will try to fix you
Tears stream down your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face
And I...
Tears stream down your face
I promise you that I'll learn from my mistakes
Tears stream down your face
And I...
Lights will guide to home
And ignite to bones
And I will try to fix you
Monday, June 12, 2006
Grande semana!
- agora, vou ligar o rádio, deitar na cama e deixar as canções me escolherem e me entorpecerem ao acaso. Que venha, Morfeu! -
Mais uma letra de música...
The secret of life is enjoying the passage of time
Any fool can do it
There ain't nothing to it
Nobody knows how we got to
The top of the hill
But since we're on our way down
We might as well enjoy the ride
The secret of love is in opening up your heart
It's okay to feel afraid
But don't let that stand in your way
'Cause anyone knows that love is the only road
And since we're only here for a while
Might as well show some style
Give us a smile
Isn't it a lovely ride
Sliding down
Gliding down
Try not to try too hard
It's just a lovely ride
Now the thing about time is that time
Isn't really real
It's just your point of view
How does it feel for you
Einstein said he could never understand it all
Planets spinning through space
The smile upon your face
Welcome to the human race
Definitivamente, James Taylor é meu pai.
Thursday, June 01, 2006
Pares perfeitos
Sol e praia.
Papel e caneta.
Futebol e cerveja.
Sono e travisseiro.
Mardrugada vazia e Jeff Buckley.
(Ainda escreverei um post decente dedicado ao caro Buckley.)
Só dei uma parada aqui no blog e resolvi tocar nesse assunto porque Buckley, como poucos, sabe explorar a tristeza em seus cânticos e dela extrair a Beleza. Pura. Imaculada.
Já devia ter ido dormir, mas Buckley insiste em me contar as dores do mundo, as dores de quem não se adapta a um mundo hipócrita e doente.
"Ás vezes, um homem não consegue aguentar o peso.."
Uma ode à saída do edem, à perda da ingenuidade e descoberta da dor e da morte (tal como o jovem Sidarta.)
Uma "bela" carta de despedida, de adeus.
Canções tristes. Beleza platônica. Voz de anjo.
Às vezes me pergunto, será que a musicalidade originária paira acima de nossa compreensão??
(...)
Talvez tenha vindo de um outro mundo... Hoje, perdido de nós.
(...)
Quem sabe então... vestigíos de Deuses
vagando numa mortal madrugada soteropolitana.
Impressões
Tudo bem, não é nada planejado. São só algumas de minhas impressões sobre expressão e o viver.
E falar de música pra mim é muito simples e me dá prazer.
Wednesday, May 31, 2006
Vacuidade... (talvez um pouco prolixo)
VideoClipe do último disco solo de Herbert Vianna, "Som do Sim".
O disco parece até um tributo que teria previsto o acidente fatídico de Herbert. Dada a quantidade e qualidade dos amigos músicos que fizeram participações especiais em todas faixas do álbum.
Mr. Scarecrow.
Esta música e posterior clipe contam com participação e interpretação especial de Cássia Eller (se não me engano com a direção de Andrucha W. também). Um rock seco e amargo, cantado em inglês e que até concorreu a um prêmio no VMB do seu ano. Uma canção muito bonita, mas que, se não fosse por seus protagonistas, estaria totalmente fora da esfera do mainstream.
Triste, ao recordar o video, foi constatar que o que um dia já foi absolutamente natural, normal e realidade pra mim, hoje já nao é mais. (...) Um dia desses mesmo, há algum tempo, Herbert e Cassia faziam parte integrante da musicalidade que embalava meus ouvidos e inspirava a todos.
Herbert, por um milagre continua vivo e fazendo shows. Mas com toda clareza, ele não é mais o mesmo. E todo aquele pontecial criativo e massificador de suas composições fica apenas para os anos que já se passaram.
Ontem, depois de muitos anos, senti falta das melodias de Herbert e da atitude rock e masculina de Cássia.
Mais do que a mudança, isto é regra da vida.
Impermanência.
Vacuidade, como diriam alguns.
Triste.
Ironicamente, só um espantalho* mesmo para espantar esses meus pensamentos e receios.
Hey, Mr. Scarecrow*
You cant close your eyes
Cant fold your arms
Youre always standing still
Watching days pass by
Wouldnt you feel tempted
To come back to these fields
And feel no pain
Just sun and rain to make you fall apart
Ive seen you cry
I think Ive seen you cry
But maybe
Maybe it was just the morning dew.
Monday, May 29, 2006
Por um mundo mais musical!
#2 Já ouvi essa música umas 3 vezes na rádio e acabei de encontrá-la aqui na net
De João Donato por Leila Pinheiro: "E muito mais".
Vale a pena ouvir!
Daqui pra frente vai ser tudo diferente
o tempo esquenta, e, de repente, tanto faz
o meu amor, com certeza, é muito louco
de tudo um pouco eu quero tudo e muito mais
quero tapar a luz do sol com a peneira
ser andorinha desgarrada no verão
vou construir lindos castelos de areia
e caminhar sobre as águas da paixão
Daqui pra frente vai ser tudo diferente
o tempo esquenta e de repente tanto faz
o meu amor, com certeza é muito louco
de tudo um pouco, eu quero tudo e muito mais
apague a luz e ponha lenha na fogueira
me dê um beijo pra esquentar meu coração
vê se me entende e pega fogo o meu desejo
na lua cheia de São Jorge sou dragão
Pra quem quiser conferir, encontrei ambas na rádio Terra. http://radio.terra.com.br/
Thursday, May 25, 2006
Só Milton Salva...
Se o sol morrendo te escondeu?
Onde ouvir você
Se a tua voz a chuva apagou?
Onde buscar se o coração
Bater de amor pra ver você?
Hoje a noite não tem luar
E eu não sei onde te encontrar
Pra dizer como é o amor
Que eu tenho pra te dar
Passa a noite tão devagar
Madrugada é silêncio e paz
E a manhã que já vai chegar
Onde te despertar?
Vem depressa de onde estás
Já é tempo do sol raiar
Meu amor que é tanto
Não pode mais esperar
(Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini)
Sunday, May 21, 2006
Tuesday, May 09, 2006
Wednesday, April 19, 2006
Cisne ao molho pardo??
A experiência é, como disse lindamente Pedro Nava, um carro com os faróis voltados para trás. Este texto é uma mea-culpa.
Nesses últimos 40 anos, cobertos com competência pelo caderno, nós, publicitários, construímos coisas grandes e belas. Juntos fizemos o país gostar de propaganda.
E fizemos a propaganda brasileira ser admirada no mundo. O povo brasileiro gosta de propaganda. E gosta da nossa propaganda. Tornamos os publicitários conhecidos e respeitados. Participantes da vida do país. Famosos além do muro da propaganda.
Entretanto, de alguns anos para cá, deixamos alguns mauricinhos, em seus ternos engravatados, tentarem tornar suas verdades cinzas em verdades nossas.
E tentam tornar essas meias-verdades em verdades absolutas. Lero-lero do tipo: “Só no Brasil o publicitário tem a importância que tem”. Mentira. Lord Saatchi é publicitário. Virou Lord, tem uma das maiores coleções de arte do Reino Unido. E é parte atuante do stablishment inglês.
Assim como Sir Martin Sarell é hoje. E como Sir David Ogilvy foi no passado. Assim como Jacques Seguela tem participação atuante na política francesa. E James Carville é figura conhecidíssima nos Estados Unidos.
Todos com visibilidade, programa de TV, livro. Dizendo coisas geniais ou pisando no tomate como todos nós mortais.
Mas, de tanto ouvir essas nulidades repetindo que nossas gravatas são extravagantes, que aparecemos demais, que somos barbies, estamos jogando na retranca.
E, com medo disso, ao preenchermos a ficha do hotel, nos denominamos empresários. Falamos agora todos iguais. Nos vestimos todos agora tom sobre tom. As nossas respostas são todas respostas de miss.
Está na hora de esse mercado ser um pouco mais ele mesmo. Estão faltando frescura, frivolidade, charme. É preciso ter pertinência, consistência, responsabilidade, mas não é preciso ser tão chato.
Propaganda é uma atividade de artista. É uma indústria séria como o cinema. Mas é também uma arte.
É uma arte cara, feita por pessoas especiais.
Meio malucas. Não são patos. São cisnes.
Que tiram idéias grandes de coisas banais. Que tornam um produto uma marca. E que fazem fortuna para os outros. E que têm de ser, portanto, reconhecidos, bem pagos e ouvidos nessa sociedade como Isay Weinsfeld, os Irmãos Campana ou Fernando Meirelles.
E, se não são especiais, se não são interessantes, se não têm idéias inusitadas, não são publicitários. E, portanto, não merecem as regalias, a visibilidade e nem serem ouvidos.
Mas não podemos deixar os comuns tentarem nos envergonhar de termos nascidos diferentes.
Não seja um publicitário enrustido, amigo. Vamos lá. Vamos sair do armário. Sim, mãe. Sim, pai. Eu sou publicitário. Carrego dentro de mim essa gravata com estampa. Sim, eu tenho esse ego que dizem que é de publicitário (mas que aparece também em médicos, políticos, engenheiros, arquitetos, atores de cinema).
E, apesar dessa meia vermelha, eu pago meus impostos e faço o país crescer. Gero empregos, fabrico riquezas e divisas.
Sim, eu sou publicitário. Gosto de coisas com design, amo trocadilhos e frases de efeito. Mas os monges também têm seus jargões e seus tiques.
E, pelo fato de ser um cisne, não vou passar a vida me fantasiando de pato. Só para que os patos de nascença se sintam melhor. É claro que um texto como esse é um prato cheio para o rancor, para a lição de moral. Para os torquemadas que usam a falsa humildade para lançarem pensamentos diferentes na fogueira.
Mas vamos lá, meus amigos. Chega de bancarmos os empresários. De tentarmos ser low-profile que nem banqueiros. Que os banqueiros sejam banqueiros, que os empreiteiros sejam empreiteiros e que nós sejamos nós. Artífices da palavra, espíritas de idéias.
E, por sermos assim diferentes, a Rainha nos batizará como Lords. O povo cantará nossas músicas e contará nossos filmes.
Sejam os publicitários como o nosso companheiro, o jornalista Roberto Marinho, foi sempre: jornalista Roberto Marinho. E, sendo jornalista e apaixonado por seu ofício, construiu um império.
Não, esse mercado não pode ser tomado por mauricinhos que não fazem anúncios. Só fazem lobby. Que ficam puxando o saco de empresários e imitando esses empresários como replicantes.
Nós somos o inconformismo. A voz da New Age. Os filhos de Aquários.
Nós somos, perante a indústria e o comércio, a voz dos jovens, do povo. Nós somos o novo, o imprevisível, o diferente.
Perante o banqueiro sisudo, o empresário que vive preso no seu escritório, no seu universo, no seu mundo, nós somos a voz das bichas e dos chapados.
Nós somos o ponto de interrogação nas organizações. A contramão. A provocação.
E, se deixarmos de ser isso, nosso espaço nessa sociedade será nenhum. Como aqueles que tendo nascido cinzas, chatos e mauricinhos querem. Que fiquemos todos iguais para sermos patos como eles. "
Nizan Guanaes
Fiasco!
Com licença, vou me deliciar com essas belezuras.
(e sem legendas!)
Monday, April 03, 2006
Boa noite. Boa sorte (pra você).
Engraçado, que estava me gabando e pensando em fazer um post comentando minha ousadia - sempre frutífera - de, sem nenhum conhecimento de causa e técnico, sempre ir abrindo o computador e me atrevendo e aventurando a trocar peças e mexer em tudo. Hoje, eu vi o resultado. Mexi, mexi mexi. Liguei o PC e como num grunhido de bomba prestes a estourar o pc solta um estalo forte e sobe uma fumaça preta e um cheiro de queimado.
Cheiro de quem não sabe o que está fazendo. hehe
Mas não me esquentei (como o pc...). Descobri que tudo isso não passou de uma estranha coincidência.
Adoro resolver alguns de meus problemas sem "encurtamento de distâncias" (valeu tiago). Adoro a sensação de descobrir a fórmula da resolução em pleno andamento do problema. Descobrimento, desenvolviemento de conhecimento, novas ramificações nervosas e auto-suficiência.
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Hoje ouvi uma porção de músicas. E sem querer no meio delas me deparo com um cd de chico e edu, pirateado de meu irmão, que tenho aqui em casa, mas não ouço.
Chico... Não preciso nem falar né. Chico é foda. Edu é foda. E os dois juntos, além de me trazerem lembranças infantis do circo místico e da montagem infatil de Cecifrance e Inquilinos de Palco, são orgasmos múltiplos.
Aqui vai a peróla de hoje desse disco:
Ficam dois comentários - a belíssima segunda voz de "Tom" (eu acho que é ele... é a cara dele) e os acordes maiores na modulação, ao fim da música, na palavra "boooons". Lindo!
Choro Bandido
Edu Lobo / Chico Buarque
Mesmo que os cantores sejam falsos como eu
Serão bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo miseráveis os poetas
Os seus versos serão bons
Mesmo porque as notas eram surdas
Quando um deus sonso e ladrão
Fez das tripas a primeira lira
Que animou todos os sons
E daí nasceram as baladas
E os arroubos de bandidos como eu
Cantando assim:
Você nasceu para mim
Você nasceu para mim
Mesmo que você feche os ouvidos
E as janelas do vestido
Minha musa vai cair em tentação
Mesmo porque estou falando grego
Com sua imaginação
Mesmo que você fuja de mim
Por labirintos e alçapões
Saiba que os poetas como os cegos
Podem ver na escuridão
E eis que, menos sábios do que antes
Os seus lábios ofegantes
Hão de se entregar assim:
Me leve até o fim
Me leve até o fim
Mesmo que os romances sejam falsos como o nosso
São bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo sendo errados os amantes
Seus amores serão bons
Sunday, April 02, 2006
Meditação. Por um mundo melhor.
A dica é do Blog da Rosana Hermann (http://queridoleitor.zip.net/). Sou fã.
Acho que foi o atual Dalai Lama que certa vez disse que se todos os homens praticassem meditação diariamente e adentrassem o caminho do autoconhecimento, o mundo não teria mais guerras e fome. É um pensamento utópico. Mas gostei dele - talvez pela simplicidade e ousadia - desde a primeira vez que o ouvi.
Ou seja, vou tomar vergonha e começar a fazer pelo menos minha parte. Meditar e me encontrar no vazio de mim mesmo. Quem sabe isso não faz o meu mundinho e daqueles que me cercam um pouco melhores?
Garden State 2
Garden State
Não é nenhuma obra prima cinematográfica, mas o filme nos mostra a boa realização de um jovem ator ao se permitir fazer uma pélicula, em hollywood, onde as palavras de ordem não são o sucesso comercial e clichês, mas a exaltação da beleza deste roteiro simples e alternativo e o registro desse momento da personalidade e vida do jovem diretor Zach.
Mais informações no blog : http://www2.foxsearchlight.com/gardenstate/blog/
Apesar de não ser tão profundo como os filmes de Cameron Crowe - este é o primeiro de Zach - a trilha sonora é tão marcante quanto. Mais uma vez, as músicas parecem ser escolhidas a dedo para cada cena e compõem como num retrato cinematográfico o clima espiritual do filme.
Uma das músicas é de Simon & Garfunkel-the Only Living Boy In New York. Ela podia muito bem fazer parte da trilha de Elizabethtown.
Bel, não preciso nem falar, lembrei de você.
Tom, get your plane right on time.
I know your part'll go fine.
Fly down to Mexico.
Da-n-da-da-n-da-n-da-da and here I am,
The only living boy in New York.
I get the news I need on the weather report.
I can gather all the news I need on the weather report.
Hey, I've got nothing to do today but smile.
Da-n-da-da-n-da-da-n-da-da here I am
The only living boy in New York
Half of the time we're gone but we don't know where,
And we don't know here.
Tom, get your plane right on time.
I know you've been eager to fly now.
Hey let your honesty shine, shine, shine
Da-n-da-da-n-da-da-n-da-da
Like it shines on me
The only living boy in New York,
The only living boy in New York.
Semelhanças Irreconsilháveis
PS: Alguém mais, além de mim, também não entendeu nada desse post?
Thursday, March 30, 2006
Verse without a theme
Bel disse:
"Sua cara, minha cara:
I'm a song without a chorus
I'm drums without sticks
I'm a bass without an amp
I'm guitars without picks
I'm a mic without volume
I'm a verse without rhyme
So just incase you missed it I'ma sing it twice
I'm a song without a chorus
I'm drums without sticks
I'm a bass without an amp
I'm guitars without picks
I'm a mic without volume
I'm a verse without a theme
I am what I am but nothing's what it seems"
Eu, com minha sensibilidade a flor da pele, digo:
"Faltou só um final mais romântico:
I'm a verse without a theme
And I'm nothing without you."
Bjos
Sunday, February 26, 2006
Hahahahaha 3
Do blog Luneta:
Nem Alckmin nem Serra
Muito boa, essa. Na seção Holofote, da revista Veja que chegou hoje às bancas, Felipe Patury conta que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso resolver apoiar um tertius, diante da briga entre o prefeito José Serra e o governador Geraldo Alckmin em torno da indicação para a sucessão presidencial pelo PSDB. Esse terceiro nome seria o do governador de Minas Gerais, Aécio Neves. É que, segundo FHC teria dito a Alckmin, ao ligar para a fazenda de Aécio ele foi atendido por Ana Paula Arósio. Se, como governador, o mineiro já tem uma beldade assim como recepcionista, teria ponderado FHC, imagine só quem vai atender se ele chegar a presidente.
Wednesday, February 22, 2006
Labirintos do desejo
que o intelecto é o cocheiro e a mente, as rédeas".
"Os sentidos, diz o Sábio, são os cavalos,
as estradas que percorrem são os labirintos do desejo".
Katha Upanishad (tradição hindu)
Tuesday, February 21, 2006
Hahahahaha 2
Aqui está o orkut da Katilce : http://www.orkut.com/Profile
100.000 scraps em menos de um dia!
No Brasil é assim: beijou popstar, mostrou a bundinha, ficou famoso.
Assim como existe uma banda, U2, entre trilhões de bandas ao redor do globo que faz esse tipo de megashow (diga-se em qualquer parte do planeta com tamanha intensidade e proporção ), existe uma fã, que declaradamente “sonhava dançar com o Bono no palco”, que foi escolhida aleatoriamente do público e agraciada com dança e beijo de seu ídolo.
É... Mistério sempre há de pintar por aí.
Estou começando a achar que além de brasileiro, Deus é padrinho da Katilce também!
A carioca Katilce Miranda, 28 anos, que ganhou um selinho de Bono Vox no show do U2 nesta segunda-feira, em São Paulo, já é uma celebridade na internet. Comunidades na rede mundial de computadores apontam a bancária de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, como a "garota mais sortuda do universo."
Katilce foi puxada aleatoriamente por Bono do meio da multidão para dançar a música With or Without You. Na despedida, ela deu um beijo na boca do cantor.
Em sua página de relacionamentos Orkut, Katilce afirma que gosta de todas as músicas dos irlandeses, declara seu amor por Bono Vox e ainda participa de mais de 20 comunidades sobre o U2. Entre as mais curiosas está a Sonho dançar com o Bono no palco.
Outros fãs do U2 já montaram uma comunidade para a jovem e recados de inveja e amor aparecem a cada minuto desde que a página foi colocada no ar na manhã desta terça-feira.
"Meus parabéns, você é a pessoa mais sortuda e feliz do universo. Dançou, fez carinhos e ainda ganhou um selinho do cara mais perfeito, humilde e simples do universo", falou Vivi Santana.
Já o estudante identificado como Nando Boy Ferreira montou uma página chamada Bono beija baixista e gordinha, onde reúne mensagens nada amistosas sobre a sorte de Katilce. "Além de beijar o baixista, o Bono dá um beijo na gordinha funkeira. Fala sério, a mina nem sabe cantar", criticou.
Alexandre Morselli, 23 anos, namorado da bancária, também está recebendo mensagens de carinho. "Continue com ela. Ela é linda e sortuda. E Bono é Bono. Se meu namorado desse um selinho nele, eu nem ia ligar, nem achar gay", escreveu Lara, amiga de Morselli.
Katilce ainda não se manifestou na internet, mas muitos amigos e desconhecidos esperam respostas e declarações sobre o beijo que marcou a vida da jovem e de muitos fãs brasileiros do U2."
Monday, February 20, 2006
Hahahahahaha
A origem do dinheiro está em 1928, quando o avô de Eunice, doente, passou procuração ao filho autorizando-o a movimentar a conta corrente no Banco do Brasil. Paulo Garcia, pai de Eunice, zerou a conta. O advogado da aposentada, Carlos de Oliveira Barros, afirma que o banco não poderia permitir que a conta fosse zerada porque a procuração autorizava Paulo Garcia a utilizar a conta só para fazer pagamentos. Mas o Tribunal de Justiça entendeu que o documento dava ao pai de Eunice poderes para movimentar livremente o dinheiro. Eunice acredita ter direito aos valores.
Tornar-se a pessoa mais rica do mundo, porém, não altera as ambições de Eunice. "Se eu ganhar, a primeira coisa que vou fazer é comprar uma casa. Não precisa ser luxuosa, basta ser aconchegante", diz. Ela vive com uma aposentadoria de R$ 300 e paga aluguel de R$ 250. Para se manter, ela faz bicos como costureira. Com o dinheiro, a aposentada pensa também em "ajudar as pessoas"."
Fonte: Agencia Estado - Ricardo Bandeira
Wednesday, February 15, 2006
Show dia 18!
Enquanto Heltinho não chega de Sampa, vamos contar com a participação do brother Ricardo nas baquetas. Pancadão!! Roack!
Compareçam!!
Mesmo
Mesmo que tudo que eu queira pra nós seja um grande engano
Mesmo que eu me arrependa ou faça o que você quiser
Ou mesmo que seja a mesma coisa que já é...
Mesmo que nada volte a ser o que era
Mesmo que a gente descubra que quase tudo já era
Mesmo que o fogo reacenda e o sexo fique animal
Mesmo que mude pra sempre depois fique igual
Mesmo que a gente repita tudo que já foi feito
Mesmo que a gente conserte os mínimos defeitos
Mesmo que haja uma fenda para se atravessar
Mesmo que o grande final dê no mesmo lugar
Mesmo não tendo legenda embaixo do nosso beijo
Mesmo sabendo que nós já não somos os mesmos
...."
Monday, February 06, 2006
Ai ai ai ai
Não vai te faltar carinho, plano ou assunto ao longo do dia
E você quiser eu largo tudo, vou pro mundo com você meu bem
Nessa nossa estrada só terá belas praias, cachoeiras
Aonde o vento é brisa, onde não haja quem possa
Com a nossa felicidade vamos brindar a vida, meu bem
Aonde o vento é brisa e o céu claro de estrelas
Do que a gente precisa, tomar um banho de chuva, um banho de chuva"
Friday, February 03, 2006
A Dentro
como sonhos tortos
madrugada adentro
eu quero voce inteira
nao metade meia
nem sereia
eu quero a noite fria
ressaca da vida?
geladeira vazia
eu quero ter esperança
um punhado de afago
sua lembrança
Monday, January 30, 2006
Simplicidade
Um exemplo de rara beleza expresso em versos tão simples.
Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer que é feliz sem saber
Pois não sofreu
Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce aí é ruim
Eu tiro isso por mim, que vivo doido a sofrer
Ai quem me dera voltar pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer e amarga qui nem jiló
Mas ninguém pode dizer que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar